quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Tristeza que fere

Tristeza que fere

 O homem chegou em casa, naquela noite, trazendo o mau humor que ocaracterizava há alguns meses. Afinal, eram tantos os problemas e asdificuldades, que ele se transformara em um ser amargo, triste,mal-humorado. Colocou a mão na maçaneta da porta e a abriu.

A luz acesa na cozinha iluminava fracamente a sala que ele adentrou. Deteve o passoe pôde ouvir a voz do filho de seus quatro anos de idade: Mamãe, por que papai está sempre triste? Não sei, amor, respondeu a mãe, com paciência. Ele deve estarpreocupado com seus negócios.

O homem parou, sem coragem de avançar e continuou ouvindo: Que são negócios, mamãe? São as lutas da vida, filho.
Houve uma pequena pausa e depois, a voz infantil se fez ouvir outravez: Papai fica alegre nos negócios?

Fica, sim, respondeu a mãe. Mas, então, por que fica triste em casa? Sensibilizado, o pai de família pôde ouvir a esposa explicar aopequenino: Nas lutas de cada dia, meu filho, seu pai deve sempre demonstrarcontentamento.

Deve ser alegre para agradar o chefe da repartição eos clientes. É importante para o trabalho dele. Mas, quando ele volta para casa, ele traz muitas preocupações. Sefora de casa precisa cuidar para não ferir os outros e mostraralegria, gentileza, não acontece o mesmo em casa. Aqui é o lar, meu filho, onde ele está com o direito de nãoesconder o seu cansaço, as suas preocupações.

 A criança pareceu escutar atenta e depois, suspirando, como setivesse pensado por longo tempo, desabafou: Que pena, hein, mãe? Eu gostaria tanto de ter um pai feliz, ao menosde vez em quando. Gostaria que ele chegasse em casa e me pegasse nocolo, brincasse comigo. Sorrisse para mim. Eu gostaria tanto...

Naquele momento, o homem pareceu sentir as pernas bambearem. Umlíquido estranho lhe escorreu dos olhos e ele se descobriu chorando.

Meu Deus, pensou. Como estou maltratando minha família. E, ainda emocionado, irrompeu pela cozinha, abriu os braços, correupara o menino e o abraçou forte. Filho, vamos brincar? Foi o que perguntou.

* * *

Não há quem não tenha problemas, lutas e dificuldades. Compete, noentanto, saber administrá-las de forma a que elas não se tornem umfantasma de tristeza, um motivo de autocompaixão.

Mesmo porque ninguém tem somente coisas ruins em sua vida. Ao lado das lutas constantes, existem sempre as compensações que Deus providencia.

Ter um lar, esposa, filhos, família, pais amorosos é o oásis depaz que a Divindade nos concede a fim de que restabeleçamos asforças para o prosseguimento do bom combate.

 * * *

 A alegria espalha bênçãos onde se manifeste. A alegria pura contamina os que estão em volta.

Por isso,recuperemos a coragem na arena de combate que a vida diária nosimpõe e vitalizemos a alegria.

Não sejamos semeadores de sombras, antes sejamos como o sol quesorri gentil e tudo ilumina onde se faz presente.

 Redação do Momento Espírita, com base no cap. 13 do livroMissionários da luz, pelo Espírito André Luiz, psicografia deFrancisco Cândido Xavier, ed. Feb e no verbete Alegria, do livroRepositório de sabedoria, v. 1, pelo Espírito Joanna de Ângelis,psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

Que a PAZ do nosso Pai abençõe seu lar e sua vida!!!