Muita coisa que nos atrapalha conseguimos deixar para lá devido á esperança.
Quando vemos ultrajados nossos sonhos nos sentimos vazios e damos passagem para a desesperança. Isso dói muito. Não acreditar em momentos melhores nos leva a falta de sentido para nossos ideais.“É como a ausência da própria vida” conforme nos ensina D. Helder Câmara, através do médium Carlos Pereira, no qual baseamos nossa pequena historia de hoje: Domenica nos relata do vazio que vai em sua alma dês de aquela quarta feira em que chegando em casa encontrou seu pai pendurado em uma corda. – “Ao suicidar-se meu pai levou uma parte de mim. Eu tinha uns nove anos de idade. Não apenas aquela cena chocante, mas também o fato em si matou dentro de mim todas as minhas alegrias e esperanças. Não sei se conseguirei sobreviver a isso. Já faz mais de 10 anos e nem eu, meu irmão e minha mãe conseguimos ter uma vida normal. As noites são terríveis e uma amargura sem fim invade nossos corações. Todo nos já pensa em nos matar como um escape a tudo isso. Se não bastasse a dor e o choque da perda, vive em todos nos um torturante sentimento de culpa. Nos temos a impressão que faltou mais atenção. Ele já vinha apresentando sintomas de depressão e auto destruição. Desde de que perdeu o emprego e foi dispensado com muita humilhação e sob a acusação de ladrão, o que todos temos a certeza de não ser verdade. Para ele a sua dignidade se esvaziara e perdeu toda esperança de mudar a situação. Mesmo sem culpa, mas impotente para se defender, conseguir convencer os seus chefes de que não fizera aquilo, sentia muita vergonha e medo de ser apontado pelo ex-colegas de trabalho. Mesmo meus tios e primos, foram atingidos e de alguma maneira vivenciavam o nosso drama e nossa amargura.”
Em mim ainda ecoam as lagrimas de desespero de Domingas. No intimo gostaria de ter o poder de reverter o tempo e refazer aquela historia de vida tão triste.
Relato mediúnico nascido a partir da leitura do livro “ Nova Utopia” pelo espírito de D. Helder Câmara pelo médium Carlos Pereira.
Pelo amigo Sérgio Carneiro