(palavras de Jesus a Pedro)
A maioria dos sentimentos compartilhamos com espíritos que se sentem atraídos por nossos pensamentos ou tem ligações conosco. Era o que acontecia com Eleutério. Devido desavenças profissionais na disputa de uma promoção se indispôs com um companheiro de trabalho. Eleutério por natureza já era uma pessoa muito desconfiada. Ciumento em relação à esposa e ao que considerava seu. Conseguiu assim formar um grupo de companheiros espirituais com as mesmas afinidades. Usavam dele para atingir outras pessoas. Na sua relação de trabalho não era diferente, embora que nesta situação o alvo de seu ressentimento era alguém que ele considerava e o tinha traído, conquistando uma promoção que, a seu ver, lhe era devida. O ódio que nutriu foi muito grande e sempre alimentado por entidades a fim. Com o tempo, naturalmente veio a tendência a esquecer. Mas estava latente nele aquele sentimento, como se fosse um vírus adormecido. Como me contou uma amiga: “Guardar ressentimento é como se eu tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra”. De tempos em tempos algum fato em sua volta evocava a lembrança do acontecido e voltava tudo como se fosse ontem.
Ramatis, no livro “Fisiologia da Alma” nos explica que qualquer sentimento mau ou de ódio, e mesmo ressentimento, cria em nos como uma ferida ou uma forte marca no espírito. Enquanto não a desfizermos com o perdão incondicional estará lá e sujeita a voltar de maneira ativa por ação de entidades interessadas que ativam nossa memória. Muitas vezes levamos essa magoa de uma encarnação para outra. É quando sem sabermos bem porque antipatizamos, ou mesmo temos medo, de alguém. Nos conciliar enquanto estamos no caminho, mesmo que isso signifique abrirmos mão até de alguma razão que por ventura tenhamos, nos vacinará de dores futuras. Muitas vezes pela Lei do Amor, temos de renascer em um lar, próximo de inimigos que não soubemos relevar quando estávamos mais próximos e sem maiores envolvimentos de afinidade e emocionais.
Texto desenvolvido baseado na leitura do Cap. X10 do “Evangelho Segundo o Espiritismo” de Alan Kardec. Disponível na Biblioteca Publica