segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Momento espirita - Fidelidade a Jesus

Fidelidade a Jesus

Houve, em tempos passados, uma localidade denominada Sebastes.
Situava-se entre a Judeia e a Síria. Foi ali que quarenta
legionários da Décima Segunda legião romana deram sua vida por
amor à verdade.
Presos por professarem o Cristianismo, os quarenta jovens marcharam
saindo da cidade, escoltados por outros tantos soldados.
À frente se desenhava o lago de águas tristes e frias. O sol se
afundava na direção do poente e o vento soprava gelado.
Os tambores soavam, ditando o ritmo da marcha. E os prisioneiros
foram entrando no lago. Um passo, dois, três, dez, vinte. Os pés
foram agitando a água e eles entrando mais e mais. Só ficaram as
cabeças descobertas fora d'água.
Os superiores haviam lhes decretado uma terrível forma de morrer.
Ali parados, impassíveis e silenciosos, iriam morrer enregelados.
As luzes do crepúsculo se envolveram num manto dourado e se
retiraram, deixando que a noite se apresentasse com seu cortejo de
estrelas.
Ao redor do lago, nas margens, familiares e amigos oravam
silenciosos. E silenciosos permaneciam os jovens dentro d'água.
Então, em nome de César, falou um oficial. Eles eram jovens e,
levando em conta a sua inexperiência, seriam perdoados se jurassem
fidelidade aos deuses protetores do Império.
Era tudo muito simples. Bastaria queimar algumas ervas, perante o
improvisado altar a Júpiter Olímpico, na outra margem.
Dentro do lago, nem um mínimo movimento. O ar foi se fazendo mais
frio e uma névoa começou a se erguer das águas.
Os guardas acendiam fogueiras nas margens, batiam as mãos, andavam
para se aquecer. Mas os quarenta legionários permaneciam imóveis.
Então, eles começaram a cantar e mais forte do que o vento, o hino
se ergueu como um grito vitorioso.
Era como uma cascata de esperanças feita de fé, ternura e
renúncia.
Um a um, no transcorrer das horas, aquelas chamas foram se apagando
na Terra, para tremeluzirem na Espiritualidade.
Quando nasceu o dia, somente um vivia. Um guarda se aproximou de uma
mulher e lhe disse que seu filho vivia. Como ele vivera até então,
teria sua vida poupada. Que ela o retirasse das águas e, em nome
dele, oferecesse sacrifício aos deuses romanos.
/Nunca./ Foi a resposta dela. /Se ele consciente não o fez, como
poderia me aproveitar da sua agonia para traí-lo?/
Firmemente, avançou para as águas e ali esteve com o filho até que
o coração dele parasse de bater. Depois, apertando-o firmemente nos
braços, tomou o seu corpo e o veio depositar aos pés do oficial da
guarda.
* * *
Há mais de dois mil anos, na Judeia, um homem amou e morreu por
muito amar. A maravilhosa fé que soube despertar teve o poder de
modificar vidas.
A Sua voz convidava para viver a verdadeira vida, a vida que se
desdobra para além da morte.
Dentre os Seus ensinos, lembramos: /Quem perseverar até o fim, este
será salvo./
/Quem crer em mim, mesmo morto viverá./
A Sua mensagem atravessou os séculos e permanece viva até hoje,
estabelecendo diretrizes seguras aos Seus seguidores.
A Sua é a mensagem do amor, da fé, da fidelidade até o fim.

/Redação do Momento Espírita, com base no cap. XXVIII, do livro /A
esquina
de pedra,/ de Wallace Leal Rodrigues, ed. /
/O clarim./




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Ricardo Severino
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