terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

[Momento Espirita] - Amor que nao acaba

Amor que não acaba

Até que ponto vai a capacidade de amar do ser humano? Quanto tempo
dura o amor?

Um poeta da música disse, certa vez, que o amor é eterno enquanto
dure.

E todos os desiludidos, os traídos e abandonados têm impressões
muito próprias a respeito do amor, onde a tônica principal é de
que amor eterno não existe.

Contradizendo tudo isso, alguns fatos, que a mídia televisiva ou
impressa nos traz, afirmam que o amor verdadeiro é uma sinfonia
inigualável.

Foi com esse sentimento que Chris Medina, um rapaz de vinte e sete
anos, se apresentou em um programa de talentos, cantando uma música
de sua autoria.

Os versos diziam mais ou menos assim:

Onde quer que você esteja, estou perto. Em qualquer lugar que você
vá, eu estarei lá.

Toda vez que sussurrar meu nome, você verá como mantenho cada
promessa. Que tipo de cara eu seria se fosse embora, quando você
mais precisasse de mim?

O que são palavras se você realmente não acredita nelas quando as
diz? Se são apenas para os bons momentos, então elas nada são.

Quando há amor, se diz em voz alta e as palavras não vão embora.
Elas vivem mesmo quando partimos.

Eu sei que um anjo foi enviado apenas para mim. Sei que devo estar
onde estou. E vou permanecer ao seu lado esta noite.

Nunca partiria quando você mais precisa de mim.

Vou manter meu anjo perto para sempre.

Ele não conseguiu vencer todas as etapas do concurso, sendo
eliminado, em determinada fase, mas sua história levou às lágrimas
os jurados e o público presente.

Porque a sua composição retrata exatamente o seu drama e sua
decisão pessoal. É uma verdadeira declaração de amor.

Ele estava noivo e há dois anos pediu em casamento Juliana Ramos. A
jovem bela, entusiasta. Formavam um casal primoroso.

Dois meses antes do casamento, no dia dois de outubro de 2009, o
carro de Juliana foi atingido por um caminhão. Ela quase não
sobreviveu.

Uma grave fratura no crânio desfigurou seu rosto e a transformou em
uma mulher com muitas limitações físicas.

Foi-se a beleza, a agilidade, o sorriso fácil, as caminhadas, a
dança, a alegria de todas as horas.

Ele permaneceu ao lado dela. Leva-a consigo para onde vá. E faz
shows para arrecadar fundos para o tratamento de que ela necessita.

E isso ele externaliza cantando e agindo.

* * *

Quando se ama a beleza e ela se vai, o amor acaba. Quando se amam as
formas perfeitas, a plástica, as linhas harmônicas do corpo e tudo
isso se vai, o amor também se esvai.

Quando se amam aparências e outra realidade se apresenta, o amor
acaba.

Quando se ama a transitoriedade, o amor fenece quando as situações
se alteram.

Mas, quando se ama a essência, nada diminui o sentimento.

Esse amor é companheiro, solidário, se esmera para que o outro se
sinta bem, seja feliz.

A sua é a preocupação de fazer a felicidade do outro.

Amor assim se perpetua no tempo, independente da soma dos anos, da
multiplicação das rugas ou da diminuição da agilidade.

É o amor que sabe envelhecer junto e quanto mais passa o tempo, mais
se solidifica.

Redação do Momento Espírita, com base em fato.



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Ricardo Severino
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