domingo, 20 de maio de 2012

Fwd: [momento em casa] - Radical diferença


Radical diferença
Das palavras de Jesus colhemos o ensino de que não deve a mão
esquerda tomar conhecimento do que realiza a direita. Ou seja, o bem
deve ser feito na surdina, sem alardes.
Entretanto, vez ou outra, faz muito bem à mente, ocupada amiúde com
notas de violência e egoísmo, tomar ciência de algumas inusitadas
iniciativas.
Ao mesmo tempo, reportagens que enfocam essa ou aquela personalidade
a espalhar benefícios, servem de estímulo a outras, por vezes,
tímidas em sua vontade.
Ou, então, sugerem ideias felizes, motivando a sua multiplicação e
consequentes benefícios.
Por isso, foi com alegria que lemos a respeito do trabalho de Scott
Neeson, um australiano que, até os seus quarenta e quatro anos de
idade, era um alto executivo do cinema.
Apelidado de M/r. Hollywood/, ganhando mais de um milhão de dólares
por ano, como vice-presidente de marketing da Sony Pictures, morava
numa mansão em Beverly Hills, tinha um iate, dois carros de luxo e
uma moto caríssima.
Movimentando-se entre festas elegantes com artistas de sucesso e
namoradas estonteantes, sentia-se insatisfeito.
Acreditava que devia fazer algo mais do que cinema.
Seus colegas acreditaram que ele estava com estafa e lhe recomendaram
férias, para /esfriar a cabeça./
Era o ano de 2003. Ele pegou um avião e partiu para cinco semanas de
férias na Ásia, de mochila e motocicleta.
O Camboja lhe mostrou uma face da miséria que ele desconhecia. As
cenas que viu, no famoso lixão de Phnom Penh, o deixaram em
lágrimas.
Centenas de catadores, entre eles muitas crianças, reviravam as
pilhas tóxicas, na esperança de encontrarem material reciclável
que lhes pudesse render o mínimo para comer.
Foi o suficiente para alterar todo seu plano de vida. Ele se deu
conta de que tinha tanto e as crianças tinham tão pouco. Mudou-se
para a capital do Camboja e criou uma instituição.
Hoje, são mais de quatrocentas crianças que recebem moradia,
alimentação, roupas, assistência médica, educação e treinamento
vocacional.
Quando ele chega, as crianças correm alegremente ao seu encontro,
pulam em suas costas e gritam: /Quero colo, Scott./
E o homem de um metro e oitenta de altura, olhos azuis, chinelos,
sorri e comenta: /Já viu tanta alegria num lugar só?/
Várias vezes ao ano, ele retorna a Los Angeles para levantar fundos
de que precisa para manter sua instituição.
Após anos trabalhando no Camboja, Neeson admite que mal começou e
afirma: /Essa é a obra da minha vida. Estou comprometido com essas
crianças./
Scott Neeson, de executivo a um homem que salva e muda vidas, um
exemplo de coragem.
Coragem de abandonar o conforto, os prazeres mundanos para servir aos
seus irmãos, com alegria e desprendimento.
Mais um homem de bem sobre a Terra. Um homem que fez e faz a
diferença para centenas de vidas.

/Redação do Momento Espírita, com base no

artigo /Grande Scott/, de Robert Kiener, de /Seleções

Reader´s Digest/, de junho de 2010.


--
Ricardo Severino
11 2456.7102 - 11 8729.8900 - 12 9144.5500