quinta-feira, 19 de julho de 2012

[Momento em casa] - Perfume de gratidao

Ricardo Severino
Ilha Clean - Tratamento de pisos e estofados
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---------- Mensagem encaminhada ----------
De: "momento espirita" <momento@listfep.com.br>
Data: 19/07/2012 18:10
Assunto: [Momento em casa] - Perfume de gratidao
Para: <rsilhabela@hotmail.com>

 Perfume de gratidão

Jovem e idealista, ela partiu de sua terra natal, a Suíça, para
ajudar a reconstruir a Polônia, depois da Segunda Guerra Mundial.
Ela assentou tijolos, colocou telhados, levantou paredes. Até o dia
em que um homem cortou a perna e lhe descobriram os dotes para a
medicina. Aí, junto a duas outras voluntárias, que tinham
conhecimentos de medicina básica, foi servir num improvisado posto
médico.
Certa noite, em que suas colegas tinham se deslocado para atender
pessoas em outra localidade, ela ficou sozinha. Tomou o seu cobertor,
enrolou-se e deitou sob a luz das estrelas.
/Nada haverá de me acordar, hoje. Estou morta de cansaço./
No entanto, um pouco depois da meia-noite, um choro de criança a
despertou. Ela pensou estar sonhando e não abriu os olhos. O choro
voltou a lhe chegar aos ouvidos.
Meio dormindo, ainda, ouviu uma voz de mulher:
/Desculpe acordá-la, mas meu filho está doente. Você precisa
salvá-lo./
Bastou Elisabeth olhar, de forma rápida, para o garoto de três anos
para descobrir que ele era portador de tifo.
Explicou para a mulher que não tinha remédio algum no posto. A
única coisa que podia lhe oferecer era uma xícara de chá.
A mulher cravou nela os olhos, com aquele olhar que somente as mães
em desespero possuem:
/A senhora tem de salvar meu filho. Durante a guerra, nos campos de
concentração, morreram doze dos meus filhos e este nasceu lá. Ele
não pode morrer. Não agora que o pior já passou./
Elisabeth tomou uma decisão. Se aquela mulher andara tantos
quilômetros para chegar até ali, se ela vira serem mortos uma
dúzia de filhos na guerra e ainda tinha ânimo para rogar pela vida
do único afeto que lhe restava, ela merecia todos os sacrifícios.
Tomou da criança e, com a mãe, caminhou trinta quilômetros, até
encontrar um hospital. Depois de muita insistência, conseguiu que a
criança fosse internada.
Mas havia uma condição: somente depois de três semanas, elas
poderiam retornar para saber notícias. Afinal, o hospital estava
cheio e os médicos atolados de tarefas.
Elisabeth voltou para as atividades do seu posto médico e tanto
trabalho teve nas semanas seguintes, que até esqueceu o garoto.
Certa manhã, ao despertar, encontrou ao lado do seu cobertor, um
lenço cheio de terra. Abrindo-o, viu, junto com a terra, um bilhete:
/Para a pani doutora. Da senhora W. Cujo último dos treze filhos
você salvou, um pouco de terra abençoada da Polônia./
O menino estava vivo.
Um grande sorriso se abriu no rosto cansado de Elisabeth.
E ela compreendeu o que acontecera. A mulher andara mais de trinta
quilômetros até o hospital e apanhara ali o seu filho vivo.
De Lublin, levara-o de volta até o povoado onde vivia. Pegara um
punhado de terra do seu chão e tornara a andar muito para deixar,
quieta, sem perturbar, na calada da noite, o seu presente de
gratidão.
Elisabeth Kübler-Ross guardou o embrulhinho de terra que se tornou
para ela o presente mais valioso que jamais recebera.
* * *
A gratidão é perfume acondicionado no frasco d'alma. As criaturas
o deixam evolar-se, de forma sutil, envolvendo aqueles a quem são
gratos, numa aura de bem-estar.
Naturalmente, ninguém realiza o bem esperando agradecimento mas,
quando a gratidão se manifesta, é como a brisa que abençoa a tarde
morna com sua presença.
Refaz corações e aumenta a disposição para novas realizações,
em prol do próximo.
/Redação do Momento Espírita, com base

no cap. 9, do livro /A roda da vida/, de Elisabeth

Kübler-Ross, ed. Sextante./

/Em 16.07.2012./






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