Como educar os filhos?
Narra uma antiga lenda que, certa vez, um rei chamou o homem mais
sábio que conhecia para pedir conselhos.
O soberano se preparava para ser pai e desejava orientações a
respeito da educação de seus filhos, uma vez que sabia da
importância de seu papel como progenitor na vida dos rebentos.
Dize-me, sábio conselheiro, tu que sempre me ajudaste nas questões
mais graves na regência deste reino: como deve agir um pai para
criar bons filhos?
Deve agir com extrema severidade, a fim de corrigir e dominar os maus
instintos, ou com absoluta benevolência - a fim de manter uma boa
relação e destacar as boas tendências deles?
Ao ouvir essas palavras, o ilustre filósofo manteve-se em silêncio,
pensando, pensando...
Passados alguns instantes de profunda reflexão, chamou um servo e
pediu-lhe que trouxesse dois vasos valiosos de porcelana que
decoravam o salão real e que ele sabia estavam entre os preferidos
do rei.
Pediu também um balde com água fervente e outro com água gelada,
praticamente congelada.
O rei estava achando aquilo muito estranho. Inclusive, começou a
ficar um pouco preocupado com a movimentação das peças que eram
parte do seu tesouro pessoal.
Com naturalidade, o sábio ordenou a um servo:
Quero que enchas esses dois vasos com a água que acabas de trazer,
sendo um com água fervente e o outro com água gelada!
Preparava-se o servo obediente para despejar, como lhe fora ordenado,
a água fervente num dos vasos e a gelada no outro, quando o rei,
emergindo de sua estupefação, interveio no caso com energia:
Que loucura é essa, ó venerável sábio! Queres destruir estas
obras maravilhosas? A água fervente fará, certamente, arrebentar o
vaso em que for colocada. A água gelada fará partir-se o outro!
O sábio, calmamente, então tomou de um dos baldes, misturou a água
fervente com a gelada e, com a mistura assim obtida, encheu os dois
vasos sem perigo algum.
O poderoso monarca e os venerandos mandarins presentes, observaram,
atônitos, a atitude singular do filósofo.
ele, porém, indiferente ao assombro que causava, aproximou-se do
soberano e assim falou:
Nossos filhos, ó rei, são como o vaso de porcelana. A postura do
pai é como a água.
A água fervente da severidade ou a gelada da excessiva benevolência
são igualmente desastrosas para a alma das crianças.
Manda, pois, a sabedoria e ensina a prudência que haja um perfeito
equilíbrio entre a severidade - com que se pode tolher os maus
pendores, corrigir as falhas - e a generosidade, a docilidade - com
que se deve tratar e cultivar as qualidades.
* * *
Diante do teu filho, frágil de aparência, tem em mente que se trata
de um Espírito comprometido com a retaguarda, que recomeça a
experiência a penates, e que muito depende de ti.
Nem o excesso de severidade para com ele, nem o acúmulo de receios
injustificados, em relação a ele, ou a exagerada soma de aflição
por ele.
Fala-lhe de Deus sem cessar e ilumina-lhe a consciência com a flama
da fé rutilante, que lhe deve lucilar no íntimo como farol de
bênçãos para todas as circunstâncias.
Ensina-lhe a humildade ante a grandeza da vida e o respeito a todos,
como valorização preciosa das concessões Divinas.
Redação do Momento Espírita com base em antiga lenda oriental e no
cap. Deveres dos pais, do livro Leis morais da vida, pelo Espírito
Joanna de
Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
-- Narra uma antiga lenda que, certa vez, um rei chamou o homem mais
sábio que conhecia para pedir conselhos.
O soberano se preparava para ser pai e desejava orientações a
respeito da educação de seus filhos, uma vez que sabia da
importância de seu papel como progenitor na vida dos rebentos.
Dize-me, sábio conselheiro, tu que sempre me ajudaste nas questões
mais graves na regência deste reino: como deve agir um pai para
criar bons filhos?
Deve agir com extrema severidade, a fim de corrigir e dominar os maus
instintos, ou com absoluta benevolência - a fim de manter uma boa
relação e destacar as boas tendências deles?
Ao ouvir essas palavras, o ilustre filósofo manteve-se em silêncio,
pensando, pensando...
Passados alguns instantes de profunda reflexão, chamou um servo e
pediu-lhe que trouxesse dois vasos valiosos de porcelana que
decoravam o salão real e que ele sabia estavam entre os preferidos
do rei.
Pediu também um balde com água fervente e outro com água gelada,
praticamente congelada.
O rei estava achando aquilo muito estranho. Inclusive, começou a
ficar um pouco preocupado com a movimentação das peças que eram
parte do seu tesouro pessoal.
Com naturalidade, o sábio ordenou a um servo:
Quero que enchas esses dois vasos com a água que acabas de trazer,
sendo um com água fervente e o outro com água gelada!
Preparava-se o servo obediente para despejar, como lhe fora ordenado,
a água fervente num dos vasos e a gelada no outro, quando o rei,
emergindo de sua estupefação, interveio no caso com energia:
Que loucura é essa, ó venerável sábio! Queres destruir estas
obras maravilhosas? A água fervente fará, certamente, arrebentar o
vaso em que for colocada. A água gelada fará partir-se o outro!
O sábio, calmamente, então tomou de um dos baldes, misturou a água
fervente com a gelada e, com a mistura assim obtida, encheu os dois
vasos sem perigo algum.
O poderoso monarca e os venerandos mandarins presentes, observaram,
atônitos, a atitude singular do filósofo.
ele, porém, indiferente ao assombro que causava, aproximou-se do
soberano e assim falou:
Nossos filhos, ó rei, são como o vaso de porcelana. A postura do
pai é como a água.
A água fervente da severidade ou a gelada da excessiva benevolência
são igualmente desastrosas para a alma das crianças.
Manda, pois, a sabedoria e ensina a prudência que haja um perfeito
equilíbrio entre a severidade - com que se pode tolher os maus
pendores, corrigir as falhas - e a generosidade, a docilidade - com
que se deve tratar e cultivar as qualidades.
* * *
Diante do teu filho, frágil de aparência, tem em mente que se trata
de um Espírito comprometido com a retaguarda, que recomeça a
experiência a penates, e que muito depende de ti.
Nem o excesso de severidade para com ele, nem o acúmulo de receios
injustificados, em relação a ele, ou a exagerada soma de aflição
por ele.
Fala-lhe de Deus sem cessar e ilumina-lhe a consciência com a flama
da fé rutilante, que lhe deve lucilar no íntimo como farol de
bênçãos para todas as circunstâncias.
Ensina-lhe a humildade ante a grandeza da vida e o respeito a todos,
como valorização preciosa das concessões Divinas.
Redação do Momento Espírita com base em antiga lenda oriental e no
cap. Deveres dos pais, do livro Leis morais da vida, pelo Espírito
Joanna de
Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Ricardo Severino
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