quarta-feira, 30 de maio de 2012

[momento em casa] - Nossos pesos

Nossos pesos

Você se sente, em alguns dias, como se carregasse o peso do mundo?
Sente-se excessivamente cansado, atormentado, assoberbado de tarefas?
Talvez seja interessante refletir um pouco a respeito do que o está
deixando tão exausto, quase desencantado da vida.
Conta-se que um conferencista tomou de um copo, nele despejou água e
o ergueu, mostrando para a plateia.
Então, lançou a pergunta: /Quanto vocês acham que pesa este copo?/
As respostas variaram entre vinte e quinhentos gramas.
/Bom,/ completou o conferencista, /o peso real do copo não importa./
/O que importa é por quanto tempo eu o segurarei levantado. Se o
segurar por um minuto, tudo bem. Se o segurar durante um dia inteiro,
precisarei de uma ambulância para me socorrer./
/O peso é o mesmo, mas quanto mais o seguro, mais pesado ele
ficará./
/Isso quer dizer que se carregamos nossos pesos o tempo todo, mais
cedo ou mais tarde não seremos mais capazes de continuar./
/A carga irá se tornando cada vez mais pesada./
/É preciso largar o copo, descansar um pouco, antes de segurá-lo
novamente./
/Temos que deixar a carga de lado, periodicamente. Isso alivia e nos
torna capazes de continuar./
/Portanto, antes de você voltar para casa, deixe o peso do trabalho
num canto. Não o carregue para o lar./
/Você poderá retomá-lo, no dia seguinte./
* * *
Há sabedoria nas palavras do conferencista. Por isso mesmo, o Sábio
de Nazaré, há mais de dois mil anos recomendou: /A cada dia basta
sua própria aflição./
Equivale a dizer que devemos saber nos empenhar em algo que precisa
ser feito, que exija todo nosso esforço.
Mas que, depois de um tempo, precisamos relaxar, espairecer, trocar
de tarefa.
A lei trabalhista estabelece o cômputo de horas ao trabalhador.
Também o dia do repouso, das férias.
Na escola, temos horários de estudo, intercalados com intervalos.
Pensemos, portanto, e comecemos a agir com sabedoria. Enquanto no
trabalho, todo empenho.
Vencidas as horas de esforço mental ou físico, envolvamo-nos em
outra atividade prazerosa.
Busquemos o lar e vivamos, intensamente, com nossos familiares.
Observemos o filho no berço, o outro que ensaia as primeiras letras
no papel. Preocupemo-nos em saber se tudo está bem. Conversemos.
Desanuviemos o cenho, agora é o momento da família.
E não esqueçamos de momentos para a oração, para a boa música, a
leitura nobre, que nos refaça a intimidade, nos descanse a alma.
Vinculemo-nos a um trabalho voluntário. Cultivemos nosso jardim.
Podemos as árvores. Colhamos flores.
Despertemos mais cedo e observemos o nascer do sol. Encantemo-nos com
o cair da tarde.
Em suma: vivamos cada momento com todas as nossas energias. Cada
momento, sem levar conosco cargas desnecessárias.
Lembremos Jesus: /A cada dia basta sua própria aflição./

/Redação do Momento Espírita, com base no texto /O copo d´água,/

de autoria desconhecida./

--
Ricardo Severino
11 2456.7102 - 11 8729.8900 - 12 9144.5500